Compositor: Marco Castello
Juro, não derramei cianeto
Nos medalhões com molho
Devo ter errado em lidar com os humores
Quer dizer, os odores
Sai daí que já somos até demais
Você se mexe com o saca-rolhas
Mas a rolha cede e esfarela lá embaixo
Céu escuro, enquanto mijava num muro
Um cego me previu o futuro
E me disse: Ame o que te torna inseguro
Tento pensar um pouco menos
Não tenho nada a ver com isso aqui
E num piscar de olhos estou em cativeiro
Giorgione de jejum, bonança em Netuno
Como um isqueiro de todos e de ninguém
Agosto na cidade para uso e consumo
Vergonha, que obscenidade
Dizem palavrões no ar na Rai 1
Estou te zoando
De quem roubei essa rodada?
Se me pegarem, eu me retiro
Talvez eu jogue como citação, desatenção
A ovação de tudo que desprezo
Eu me curvo, mas não me quebro
Tenho pão no forno, mas está todo queimado
Tontura entre um bocejo e um suspiro
Um caracol nada dentro do papiro
Cobrimos a praia para fazer um belo balneário
Estou acelerando, o freio quebra
Minha tia pergunta quando vou a Sanremo
Respondo: Quem sabe
Giorgione de jejum, bonança em Netuno
Grita Polifemo transpassado por Ninguém
A toxicidade borrifa o perfume
O tédio que te fará sonhar com o acidente na Fórmula 1
Giorgione de jejum, bonança em Netuno
Grita Polifemo transpassado por Ninguém
Agosto na cidade para uso e consumo
Vergonha, que obscenidade
Dizem palavrões no ar na Rai 1